Duas mulheres em uma empresa. Uma está dando um feedback para outra.
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Como dar feedback: 15 dicas práticas [2023]

Quem atua no mercado de trabalho há algum tempo com certeza já passou pela situação de ser chamado na sala do chefe para receber um feedback.

Até então é apenas um momento constrangedor, que te causa ansiedade. Mas ao passar dos anos o contexto se reverte, e agora você é o responsável por dar o feedback. Como agir?

A capacidade de dar um feedback objetivo e assertivo representa um desafio para muitos líderes. Mas a realidade é que não precisa ser uma situação desagradável para nenhuma das partes.

Separamos 15 dicas práticas para te guiar na hora de dar o feedback perfeito.

O que é feedback?

O feedback é um retorno sobre uma situação ou um comportamento, como uma espécie de avaliação.

Esse comentário pode ser positivo, ao reconhecer uma performance ideal, ou negativo, ao apontar aspectos que devem ser melhorados.

Por que o feedback é tão importante?

A comunicação eficiente está entre as soft skills mais valorizadas pelas empresas. Isso significa que a habilidade de passar uma mensagem assertiva pode alavancar sua carreira.

O feedback bem-elaborado faz parte de uma comunicação de sucesso, pois é a partir dele que os colaboradores engajam em uma melhoria contínua de processos.

Por um lado, o feedback tem o poder de incentivar o funcionário nas suas atividades. Mas por outro, um feedback mal feito pode desestimular o colaborador e causar sérios danos à dinâmica da equipe.

Por isso, é fundamental dar uma atenção extra para o momento de fazer uma crítica, focando sempre em utilizar o feedback como mecanismo de aprendizagem.

15 dicas para o feedback perfeito

Aqui no Seahub, temos uma cultura muito forte de feedbacks, que nos ajuda a manter um padrão de qualidade.

Com a experiência, notamos o que funciona e o que não funciona nesse momento delicado. Vamos às dicas:

Faça uma reflexão

O primeiro passo não poderia ser diferente, deve-se refletir sobre a necessidade do feedback, afinal um comentário feito sem pensar pode causar conflitos.

Então, comece se perguntando se o feedback é necessário, útil, verdadeiro e, acima de tudo, tem o potencial de ajudar o colaborador e a empresa.

Se a conclusão for positiva, pode seguir ao próximo passo.

Escolha o melhor momento

O momento que você escolhe para se posicionar faz total diferença no impacto da mensagem.

Normalmente, o ideal é chamar o colaborador em um lugar sossegado, sem chances de ser interrompido, cercado somente das pessoas que precisam estar envolvidas na conversa.

E claro, no caso de feedback negativo, evite a exposição e o constrangimento do funcionário, ou seja, não faça a crítica na frente de outras pessoas.

Prepare um roteiro

O que torna o momento do feedback desagradável muitas vezes é a falta de preparo do líder.

Mesmo tendo em mente o que pretende falar, o nervosismo pode acabar atrapalhando, causando o esquecimento de pontos importantes e deixando o discurso prolixo.

Portanto, anote os aspectos que devem ser mencionados, já formulando uma espécie de roteiro da conversa.

Introduza o assunto

O funcionário que é chamado para uma conversa costuma ficar ansioso por causa da incerteza do assunto a ser tratado.

Muitas vezes, o pior já passa pela cabeça: “será que é demissão?”.

Para evitar esse desconforto, já antecipe ao colaborador o tema da conversa. Quanto mais relaxado ele estiver, mais atenção consegue dar ao diálogo.

Seja objetivo

Uma conversa longa, cheia de rodeios, é prejudicial ao feedback, já que a mensagem principal se perde em meio a tanta informação.

Ao invés disso, o feedback deve ser claro e objetivo.

Seja específico

Além de direto, também é importante ser específico na mensagem. Vamos entender melhor a partir de exemplos:

  • “Ana, parabéns pelo seu trabalho, continue assim!”.
  • “Ana, seu atendimento está sendo elogiado pela maioria dos clientes, que dizem receber muita atenção e resolver os problemas rapidamente.”

Percebe a diferença? Um comentário generalizado, sem exemplos, dados reais ou fontes, não permite identificar quais pontos devem ser mantidos.

Já com o segundo feedback, a colaboradora entende o que está funcionando na sua estratégia e pode manter e aprimorar essa ação.

Escute o colaborador

Ao dar o feedback, é interessante abrir um diálogo e permitir que o colaborador traga a sua versão dos fatos.

Tenha empatia

Após escutar o funcionário, o líder deve demonstrar empatia.

Por vezes, o trabalho do profissional deixa a desejar por causa de um problema no ambiente de trabalho ou até mesmo pessoal.

O acolhimento e a consideração dos sentimentos do colaborador geram uma relação de confiança entre o líder e o liderado.

Provoque autorreflexão

Como gestor, é fundamental que você identifique os erros e acertos dos colaboradores. Mas sabe o que é mais valioso do que isso?

A capacidade de fazer o próprio colaborador enxergar suas atitudes positivas e negativas, em um exercício de autorreflexão.

Desse modo, o funcionário não depende de você para medir seus resultados e pode se comprometer com ele mesmo para melhorar os processos.

Reconheça os acertos

Se o colaborador ainda está na sua equipe, então arrisco dizer que ele é bom no que faz.

Na hora de fazer a crítica, é interessante reconhecer o empenho e as competências do funcionário, destacando sua importância para a empresa.

Cuidado com as palavras

Existem algumas substituições que podem ser feitas na linguagem para passar mais confiança na mensagem. Por exemplo:

  • “Tentar” por “fazer”: não diga “tente fazer essa tarefa”, e sim “realize essa tarefa”;
  • “Se” por “quando”: em vez de dizer “se você finalizar a atividade”, diga “quando você finalizar a atividade”;
  • “Espero” por “sei”: não fale “eu espero que você consiga”, e sim “eu sei que você vai conseguir”.

Essas simples trocas demonstram ao colaborador que você acredita nele.

Aponte soluções

Ok, você já apontou as falhas com cuidado, mas seu trabalho ainda não acabou.

O feedback não serve para encontrar erros e culpados, o objetivo principal é formular soluções.

Portanto, trace um plano de ação com o colaborador, determinando providências que ele deve tomar para contornar os obstáculos e apresentar melhores resultados.

Acompanhe

Mas calma, ainda não chegou a hora de liberar o colaborador.

É importante deixar claro as atividades que devem ser realizadas a partir daqui, com a formulação de um cronograma, indicações de treinamentos e agendamento da próxima reunião para rever a situação.

Crie uma rotina de feedbacks

Agora que o feedback foi feito com sucesso, encaixe esses momentos na sua rotina. Afinal, feedbacks não devem ser uma ocasião especial, que só ocorrem quando algo sai do planejado.

Muito pelo contrário, a equipe deve entender que você acompanha os resultados e possui espaço na agenda para tratar do desenvolvimento de cada colaborador.

Uma opção é realizar as reuniões one-on-one, uma conversa rápida e periódica entre líderes e membros do time.

Escute feedbacks

Depois disso, resta praticar. E não, a prática não deve vir apenas de fazer feedbacks, mas também de ouvi-los.

Ao pedir feedbacks, você conhece a percepção dos outros sobre o seu trabalho, podendo buscar lacunas e aprimorar práticas.

A escuta ativa é apenas uma entre as 23 estratégias para ser um bom líder.

Bônus: 3 erros na hora de dar um feedback

Já vimos o que funciona na hora do feedback, mas o que deve ser evitado?

Fazer críticas pessoais

Como líder, você está ali para fazer julgamentos com relação ao desempenho profissional do colaborador no horário e no espaço de trabalho.

Independentemente da sua relação com o colega de trabalho, o momento vulnerável do feedback não deve ser utilizado para críticas pessoais.

Fazer comparações

Outro erro comum é comparar dois colaboradores, acreditando que o exemplo pode auxiliar na mudança de atitude.

Porém, as comparações afetam a autoestima do profissional e ainda causam uma competitividade desnecessária, prejudicando o clima no ambiente de trabalho.

Delegar a tarefa

Por fim, não passe a responsabilidade de dar o feedback a outro funcionário, pois isso prejudica sua imagem como líder.

Conclusão

A prática dos feedbacks pode até ser desconfortável no começo, mas com o tempo esse momento é naturalizado e vira parte da cultura da empresa.

E então, começam a aparecer inúmeras vantagens de fazer críticas construtivas, como mudanças no desenvolvimento profissional de cada membro e melhores resultados da equipe.

Se você chegou até aqui, já sabe como dar um feedback da melhor maneira, sem constranger nem desestimular o funcionário.

Boa sorte e até a próxima!

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